Construindo um Sentido Político para a dança
A história nos conta que a dança é uma das mais antigas artes criadas pelo homem. Registros rupestres, em cavernas pré-históricas, já nos sugerem uma certa necessidade instintiva em cadenciar movimentos e gestos, sejam para celebrar vitórias, sejam para celebrar momentos festivos.
O fato é que se movimentar, com o tempo, passou a ter novos e outros significados, como a dança. Nesse caso, vale lembrar que a Grécia se utilizava dela para fins lúdicos, misturando cantos e pantomimas para o deleite de todos. Mas já aí as intenções da dança se ampliavam no sentido de representar os acontecimentos mais importantes da vida grega, incluindo, os episódios políticos. Já em Roma, a lógica da dança estava ligada às ilustrações feitas sobre as fábulas populares, com muita música, acrobacias e números de circo. Mas também aí, elementos questionadores da realidade estavam implícitos.
Essas são, então, algumas das características da arte da dança que nos chegaram até a contemporaneidade. E entre elas, a importante condição de representar a realidade no contato comum entre os homens. Nesse sentido, a política é tão representativa quanto a dança. A política é carregada de significados simbólicos, por sua natureza de representação social, das coisas que os homens fazem e sentem e voltam a fazê-las e a senti-las, sobretudo depois que as pensam ou as vêem de forma diferenciadas, pelos vários apelos da crítica. A crítica como uma leitura mais profunda da representação, seja na política, seja na dança.
Assim é que, para nos tornamos políticos, precisamos não somente deste poder de representação, de leitura de significados, mas, fundamentalmente, do poder de construção do real, a partir dos pressupostos das críticas formuladas. Parece-nos, então, que o projeto Plataforma Recife de Dança Contemporânea – Ano II – percebe que este é um caminho legítimo para se fazer dança: envolvendo-se diretamente com a política; buscando, nesse âmbito, a definição de políticas públicas que permitam aos atores sociais ligados à dança, como de resto a toda sociedade, as possibilidades de criar canais para uma participação mais objetiva nas decisões sobre esta arte milenar.
Assim, o Plataforma Recife de Dança Contemporânea – Ano II – além de celebrar nossas emoções, através de sua natureza simbólica, nos ensina a pensar o simbólico nas relações políticas, tal qual sugere Hanna Arendt quando imagina que a política deve estar entre-os-homens (1). Também entre aqueles que dançam.
(1) ARENDT, Hannah. O que é política? Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
Fonte: Prefeitura da Cidade do Recife
O fato é que se movimentar, com o tempo, passou a ter novos e outros significados, como a dança. Nesse caso, vale lembrar que a Grécia se utilizava dela para fins lúdicos, misturando cantos e pantomimas para o deleite de todos. Mas já aí as intenções da dança se ampliavam no sentido de representar os acontecimentos mais importantes da vida grega, incluindo, os episódios políticos. Já em Roma, a lógica da dança estava ligada às ilustrações feitas sobre as fábulas populares, com muita música, acrobacias e números de circo. Mas também aí, elementos questionadores da realidade estavam implícitos.
Essas são, então, algumas das características da arte da dança que nos chegaram até a contemporaneidade. E entre elas, a importante condição de representar a realidade no contato comum entre os homens. Nesse sentido, a política é tão representativa quanto a dança. A política é carregada de significados simbólicos, por sua natureza de representação social, das coisas que os homens fazem e sentem e voltam a fazê-las e a senti-las, sobretudo depois que as pensam ou as vêem de forma diferenciadas, pelos vários apelos da crítica. A crítica como uma leitura mais profunda da representação, seja na política, seja na dança.
Assim é que, para nos tornamos políticos, precisamos não somente deste poder de representação, de leitura de significados, mas, fundamentalmente, do poder de construção do real, a partir dos pressupostos das críticas formuladas. Parece-nos, então, que o projeto Plataforma Recife de Dança Contemporânea – Ano II – percebe que este é um caminho legítimo para se fazer dança: envolvendo-se diretamente com a política; buscando, nesse âmbito, a definição de políticas públicas que permitam aos atores sociais ligados à dança, como de resto a toda sociedade, as possibilidades de criar canais para uma participação mais objetiva nas decisões sobre esta arte milenar.
Assim, o Plataforma Recife de Dança Contemporânea – Ano II – além de celebrar nossas emoções, através de sua natureza simbólica, nos ensina a pensar o simbólico nas relações políticas, tal qual sugere Hanna Arendt quando imagina que a política deve estar entre-os-homens (1). Também entre aqueles que dançam.
(1) ARENDT, Hannah. O que é política? Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
Fonte: Prefeitura da Cidade do Recife
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